miércoles, junio 29

Continuação do "debate" sobre o artigo da Revista Mente & Cérebro... (Em busca da cura)

No início do século passado, Sigmund Freud, criador da psicanálise, já falava de forma bastante convincente de uma misteriosa ligação entre mente e o corpo. Atualmente, cada vez mais especialistas, mesmos aqueles que não são adeptos de teorias psicanalíticas, reconhecem que nosso cérebro tem recursos ainda inexplorados e relações desconhecidas entre psique, sistema imunológico e sistema nervoso capazes de nos oferecerem pistas para esclarecer curas aparentemente milagrosas - que, na verdade, seriam expressões de potencialidades autorregeneradoras do próprio organismo.
Sabe-se que o bem-estar físico tem efeitos sobre os sentimentos, e que estes, por sua vez, têm certa repercussão no corpo.  No entanto, a constatação é limitada. Não há informações exatas sobre como e quando as emoções atuam no processo de cura, particularmente de doenças neurológicas graves e câncer.
Na opinião do neurologista e neurocientista Massimo Corbo, diretor do Centro Clínico Nemo para a Pesquisa e Cura das Doenças Neurodegenerativas do Hospital Niguarda, de Milão, o estado emocional pode influenciar significativamente o estado geral do paciente. "Na prática médica observamos que pessoas com vida ativa, que mantêm relações sociais e projetos, em geral, conseguem enfrentar melhor as patologias. (Sou prova disso. Namoro; estudo; sou totalmente independente, apesar das minhas limitações etc; minha vida é uma gostosa correria frenética da qual não me imagino sem. Embora seja uma pessoa tranquila, zen e busque "viver em meditação" à parte de "certos acontecimentos" do mundo materialista e fugaz). Todavia, não podemos esquecer o fato de que muitas doenças do sistema nervoso central causam alterações emocionais.
... O professor do Departamento de Neurociências da Universidade de Turim Alessandro Mauro, diretor da Divisão de Neurologia e Reabilitação Neurológica do Hospital San Giuseppe de Piancavallo, em Verbania, considera a importância da emoção na formação das respostas endógenas - particularmente as imunitárias aos agentes patogênicos -, mas reconhece que dificilmente representa o elemento decisivo para determinar o prognóstico em longo prazo. Em sua opinião, a evolução das doenças e, particularmente, das degenerativas, é determinada por um conjunto complexo de elementos, entre os quais o estado emocional, que interagem de forma dinâmica, com uma intensidade que varia de acordo com o momento. "Na realidade, ainda sabemos pouco sobre as bases biológicas dos processos mentais, portanto a descrição das relações entre as interações fisiológicas, patológicas ou não, é vaga. Penso que este estudo só terá sucesso se a mentalidade dualista de corpo e mente separados for abandonada, pois oferece respostas simplistas e dificulta o estudo científico de fenômenos mais complexos."

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