miércoles, agosto 31

Encontros e Despedidas - Música de Milton Nascimento

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
Esta música eu canto para o meu papai que desencarnou, ou seja, não encontra-se mais aqui neste plano (no mundo dos vivos) desde outubro de 2003. Não canto literalmente, mas a música acima é tão bela e verdadeira (para nós espíritas), pois sua letra é totalmente coerente com a nossa realidade eterna que penso com saudade no meu papai e nos meus outros companheiros que não estão (mais) comigo (fisicamente) nesta jornada.
baixarfilmesdownload16 Filme Cartas para Deus (Letters to God) DVDRip RMVB Legendado


 
No final de semana, assisti com minha mãe o filme Letters to God (Cartas para Deus) e hoje ainda tocada pelo filme e, principalmente, pelo belíssimo exemplo daquele garotinho (personagem principal); venho descrever o mesmo brevemente e dizer que se você ainda não assistiu esse  filme, está perdendo. Pois o filme é baseado em uma história real  linda e muito emocionante, ademais.. Deus é inefável assim como todas as suas obras. 
So... O filme em questão conta a história de um menino com câncer que se corresponde regularmente com Deus através de orações em forma de cartas e por intermédio delas e, claro, de suas atitudes, transforma a vida de todos ao seu redor. Ele nos ensina a sermos fortes e confiarmos em Deus que na sua imensa sabedoria só quer o melhor para nós. Então, devemos suportar a dor com resignação e agradecer sempre o Pai por tudo, bem como, que não devemos perder (nunca) a fé apesar de qualquer obstáculo que venha querer nos impedir de amadurecer através do sofrimento que não é eterno. Até porque se pararmos de ser egoísta e olharmos para o lado veremos o quanto somos abençoados e o quanto há irmãos em situações menos favoráveis.


martes, agosto 30

Professores decidem manter greve

Hoje cedo, ouvindo a Rádio Globo, soube da seguinte notícia que busquei no site do Jornal O Povo online para poder aqui ressaltar uma situação que muito me envergonha.

Apesar de o Tribunal de Justiça do Ceará ter decretado ilegalidade da greve dos professores da rede pública estadual, a categoria decidiu manter a paralisação pelo menos até a próxima sexta-feira
30.08.2011| 01:30 (Jornal O Povo online)

Os discursos inflamados de representantes de professores de todas as regiões do Estado, incluindo a Capital, já antecipavam a decisão que seria tomada pela categoria, ontem, em Assembleia Geral, no Ginásio Aécio de Borba. Em resposta ao pedido de ilegalidade da greve por parte do governador Cid Gomes (PSB), decretada na última sexta-feira pelo desembargador Emanuel Leite Albuquerque, os professores optaram por continuar a paralisação, que já dura 25 dias.


“Nós temos todo o interesse na negociação, mas ela foi interrompida pelo pedido e decretação da ilegalidade da greve. O governador poderia ter protelado o pedido. Nos sentimos traídos”, justificou o presidente do Sindicatos dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, aos cerca de 5 mil professores de 60 municípios que lotavam o Ginásio.


Segundo a assessoria jurídica do Sindicato, a Apeoc ainda não foi notificada oficialmente da decisão do desembargador, mas garantiu que vai recorrer assim que for intimada. Depois da notificação, os professores têm até 48 horas para voltar às atividades, sob pena de pagarem multa de R$ 10 mil para cada dia de descumprimento da decisão.


Decisão
Além de considerar que o Sindicato não cumpriu dispositivos da Lei de Greve, o desembargador também alega que a paralisação causa prejuízos a “milhares de jovens” e põe em risco a “saúde e sobrevivência dos estudantes, que, como se sabe, dependem das refeições escolares para suas nutrições”.

De acordo com o advogado do Sindicato, Ítalo Bezerra, os professores não foram ouvidos pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). “Não nos foi dada a oportunidade de nos defendermos”, reclamou Bezerra.

Súplica da criança - Meimei

Senhor !...
Disseram os homens que me queriam tanto, mas ao atingir-lhes a casa, não dialogaram comigo, segundo as minhas necessidades.

Quase todos me ofereceram um berço enfeitado, mas poucos me deram o coração.

Afirmam que devo procurar a felicidade, entretanto, não sei como fazer isso, se os vejo a quase todos sofrendo e rebelando-se por não aceitarem as disciplinas da vida.

Escuto-lhes as lições de paz, contudo, acompanho-lhes as rixas em vista de estarem sempre exigindo o maior quinhão de recursos da Terra.

Recomendam-me buscar a alegria, mas, muitas vezes, observo que esta misturado de lágrimas o leite que me estendem.

Erguem palácios para mim, no entanto, entre as paredes dessas mansões coloridas e belas, renovam, a cada dia, reclamações e queixas que não sei compreender, nem registrar.

Explicam que preciso praticar o perdão e , ao mesmo tempo, muitos me mostram como exercitar a vingança.

Senhor !...

Que será de mim, neste grande mundo que construíste entre as estrelas, sempre adornado de flores e aquecido pelo Sol, se os homens me abandonarem?

Faze que eles reconheçam que dependo deles como o fruto depende da árvore. E, tanto quanto seja possível, dizer-lhes, Senhor, que terei comigo apenas o que me derem e que posso ser, enquanto estiver aqui, unicamente o que eles são.


Não sei exatamente o porquê, mas hoje quando comecei a ver um filme do qual não consegui assistir todo (Tropa de Elite 2) e lembrei de uma reportagem recente da Rede Globo sobre deliquentes infantis/juvenis, lembrei da mensagem acima que o irmão Meimei nos apresentou. Acho o texto profundo e delicado; e mesmo com as minhas atuais atribulações enquanto estudante, não iria conseguir dormir bem enquanto não falasse algo sobre o que senti/sinto com relação ao mencionado (a violência que sofremos) e divulgasse aos meus colegas este texto.

domingo, agosto 28

A arte de fazer AMIGOS by Lilian Graziano - Revista Psique

No decorrer da semana passada, comprei uma revista que adoro, e nela li uma matéria sobre as redes sociais que achei tão interessante que aqui destacarei algumas partes para debater com quem se interessar.

Em plena era das redes sociais, 'fazer amigos' tornou-se muito simples (não é? tornou-se muito mais 'fácil'), todavia 'ter amigos' (verdadeiros então...) continua a ser uma ARTE para poucos.
"Ao pensarmos na história da humanidade, facilmente perceberemos que nunca estivemos tão conectados quanto estamos agora, na sociedade contemporânea. Turbinadas pela Revolução da Informação, as distâncias se encurtaram e a comunicação adquiriu um caráter instantâneo".
Atualmente temos uma rede de contatos muito maior e diversificada do que nossos "pobres" parentes medievais. - E isso é muito bom, não é mesmo? Viva a tecnologia! - Contudo, algumas pessoas perdem-se com as tais facilidades tecnológicas que nos provêem de um maior número de amigos/contatos.
A autora do artigo aqui mencionado nos diz que embora tenhamos vários (e inumeráveis) amigos virtuais (que queremos mostrar para os demais o quanto somos populares e queridos), em verdade, não são em grande maioria, amizades no sentido de conhecer, amar e trocar. Pois acreditamos que o cultivo da amizade passa pelo conceito grego de virtude que envolve, dentre outras coisas (que até já foram citadas), os sentimentos como o perdão, a tolerância, a cumplicidade, a doação mútua e a confiança etc.
"Para fazer verdadeiros amigos precisamos ter, em primeiro lugar, a capacidade de 'reconhecer' e apreciar a excelência manifesta no florescimento humano, na maestria do caráter do outro, atributo indispensável para fazer um bom amigo". Como dizia Vinícius: "A gente não faz amigos. Reconhece-os".
Nesse sentido, aqueles que se movem pela agenda do networking poderão encontrar utilíssimos 'tranficantes de influência', mas dificilmente bons e verdadeiros amigos.

Referência: Revista Psique, ano VI, nº 68, São Paulo, agosto/2011, p. 20-21

sábado, agosto 27

Educação

http://inclusaoja.com.br/category/opiniao/claudia-grabois/

Uma amiga querida, através do Facebook me fez conhecer o site acima. O site é sobre educação inclusiva, e seu conteúdo por ser tão polêmico, do qual concordo com certas posições da autora (Cláudia Grabois) e outras discordo por achar relativo etc., me mobilizou a vir divulgar e continuar aqui o debate.


"[...] A educação como direito inalienável vem a ser obrigação do estado, da família e da sociedade e, no meu entendimento, cabe à casa da democracia incentivar a equiparação de direitos e igualdade de condições...".
"Estudar separado é crescer invisível, sem direitos e sem sentido"? - Relativo no meu ponto de vista, visto que a educação pública nacional é precária e que nem todos os professores encontram-se dispostos e especializados a atender alunos "diferentes". E nem mesmo os alunos que se espelham em exemplos preconceituosos de certos professores. Na última vez que fui consultada pela minha neurologista, no Deolindo Couto (RJ), presenciei uma mãe totalmente indignada com as agressões  psicológicas que a filha estava sofrendo pelos seus novos "amiguinhos" dentro de uma escola da Prefeitura do Rio. Mas como a mãe nada ou muito pouco tem a fazer antes de conseguir transferir a sua filha com deficiência dessa tal escola, pois a antiga escola da menina foi extinta sem a opinião de alunos e pais envolvidos, e tudo o que mais quer é que sua filha também tenha oportunidades dignas como qualquer outro cidadão "sem deficiência", o que resta é suportar e consolar as lamentações da sua filhinha quando chega em casa após mais uma ida à escola sem a verdadeira educação que merece.
"[...] Conhecer, aprender junto, pertencer, conviver, participar, ser visto como gente e se sentir gente não são palavras vazias, mas sim necessidades básicas do ser humano. Por isso mesmo que nossa Lei Maior trata do tema educação como direito inquestionável e indisponível, entendendo que se trata de gente; e, para ser gente, não há outra opção a não ser a de pertencer de fato e de direito [...] É claro que precisamos lutar muito para garantir um sistema de ensino adequado e de qualidade para alunos com e sem deficiência [...]"
"[...] As pessoas com deficiência não podem mais viver segregadas e institucionalizadas. Quem aufere esse direito a quem tranca, prende e não permite opiniões? Quem tem o direito de dizer que uma criança não pode frequentar a escola de todas as outras crianças? Ninguém tem [...]" - Mas quem decide isso sou eu, no meu livre-arbítrio. Não devemos forçar ninguém a nada, contanto que cada um respeite um ao outro e aja sempre com responsabilidade... Apenas lutamos por direitos de escolha: escola especial ou inclusiva? Eu decido, não você. Entendem a diferença da opção?
"[...] O estado brasileiro tem uma dívida histórica com as pessoas com deficiência, que, excluídas e segregadas, invisíveis e marginalizadas pela pobreza, até os dias de hoje integram o conjunto de brasileiros que não exercem a cidadania plena. Tirando a maquiagem, a inclusão e a acessibilidade em todas as suas formas não fazem parte da realidade brasileira, e 75% das pessoas com deficiência são pobres e vítimas de preconceito de classe e por condição (etc na minha opinião como também diferente) [...]" - Discussão longaaaaaaaaaaaaaaa, que já tratei sobre neste singelo espaço.
"[...] É fato que a sociedade brasileira está envolvida diretamente com a deficiência, pois são 25.000.000 de brasileiros e suas famílias. Assim como é fato que, devido à falta de informação e ao incentivo à cultura assistencialista da exclusão, a grande maioria ainda desconhece os seus direitos, como o direito indisponível e inegociável à educação (de QUALIDADE) que promove inclusão e avanços com igualdade de condições e oportunidades [...]" - Isso tudo é muito lindo e plausível, mas devo admitir que sou um pouco descrente às vezes.

sábado, agosto 13

Estudo Errado - Gabriel, O Pensador

Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Refrão
Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

- Juquinha você tá falando demais, assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
- Mas é só a verdade professora!
- Eu sei, mas colabora senão eu perco o meu emprego.

domingo, agosto 7

É preciso acordar

Recente matéria levantava a questão das razões da passividade do brasileiro quando o assunto é corrupção. De fato, será que entre uma passeata reivindicando  aumento para bombeiros, outra pela legalização da maconha, uma terceira celebrando o orgulho gay e outra ainda chamada de “marcha das vadias”, não haveria espaço para que as ruas ganhassem a presença de multidões exigindo a necessária e óbvia compostura dos políticos, exigindo respeito pelo dinheiro público? Afinal, eu, você, leitor, seus amigos, os meus, o cara da esquina, o porteiro do prédio, todos, enfim, “descem a lenha” nos envolvidos em casos de corrupção. A tirar daí, deveríamos ter multidões dignas de figurar no “Guiness” cobrando ações radicais, capazes de levar os ratos a enfiarem seus rabos entre as pernas, com medo das ratoeiras espalhadas pelo país, mais especificamente nos órgãos públicos. Mas, entretanto, as ruas continuam vazias, os ratos, sem medo, prometendo vingança quando o poder público ensaia tímidos movimentos saneadores. Por que será?
Em todas as passeatas acima citadas, os manifestantes defendem seus interesses diretos. Sejam os bombeiros e suas famílias cobrando salários, sejam os gays e as “vadias” cobrando respeito a seus direitos e assim por diante. Já os males da corrupção são mais escamoteados, o dinheiro roubado é o desse “ente”  meio vago chamado Estado, tido, também ele, como mais um rato, sempre à espreita para “tirar mais algum” do povo. E vamos levando, vendo as propinas abandonarem os tradicionais dez ou quinze por cento para não se contentarem com nada menos do que o equivalente a outra obra. Chegamos a um ponto em que, como se dizia antigamente em relação a saúva, ou acabamos com a corrupção ou ela, como vampiro, beberá todo o “sangue” da economia brasileira. É preciso acordar, sacudir a letargia, bradar aos quatro ventos, que ela, corrupção, é a verdadeira mãe de todos os males, sejam os da saúde, da educação, dos salários aviltantes, dos impostos vergonhosos. É preciso mostrar que é a nossa grana, sim, que estão tungando. É o dinheiro dos aumentos dignos, das escolas que não precisem de cotas, dos bons empregos, desonerados da carga tributária.
Essas figuras que rastejam, nos meandros das nomeações suspeitas têm horror à luz, têm pavor dos movimentos de massa. Não importa a cooptação de entidades representativas. Não precisamos de “guias”. Enquanto esse tumor não for lancetado não haverá cura. Só as ruas serão capazes de tocar o pragmatismo dos políticos que, com seu respaldo, terão força e coragem para romper com a bandalheira histórica e inaugurar uma nova era marcada pela “rédia curta”, pela vigilância constante. Não importa que hoje os corruptos ainda dêem de ombros, sorrindo descrentes. Afinal, Maria Antonieta também mandou dar brioches para os que clamavam às portas do palácio.

Igor Berro é colunista do Correio do Brasil. - 6/8/2011 20:48

sábado, agosto 6

Fé em Deus pode melhorar a recuperação psicológica, diz pesquisa Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/08/05/fe-em-deus-pode-melhorar-recuperacao-psicologica-diz-pesquisa-925070288.asp#ixzz1UG8KThaG © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

BELMONT - Quem acredita em um Deus benevolente se preocupa menos com as incertezas da vida do que aqueles que creem em uma religião cheia de punições, segundo a pesquisa do Hospital McLean, publicada no "Journal of Clinical Psychology" e que será apresentada nesta sexta-feira no encontro anual da Associação Americana de Psicologia. Os médicos responsáveis pelo estudo acreditam que a crença dos pacientes deve ser mais considerada em seus regimes de tratamento e pedem que os profissionais de saúde as integrem para acelerar a recuperação.
"Muitos não estão preparados para perceber como as crenças espirituais podem contribuir para os estados afetivos e integrar estes temas ao tratamento de forma sensível", escreve o coordenador do estudo, David H. Rosmarin.
A pesquisa tem dados de dois estudos: um deles questionou 332 indivíduos, incluindo cristãos e judeus, a partir de sites e organizações religiosas. O outro pesquisou 125 pessoas em organizações judaicas, mostrando um programa de áudio e vídeo concebido para aumentar a confiança em Deus.
No primeiro caso, os pesquisadores constataram que aqueles que acreditavam em um Deus protetor eram mais confiantes. Já o segundo grupo mostrou um aumento de confiança enquanto clínica e estatisticamente diminuíam as incertezas, preocupações e estresse. O estudo mostra ainda que 93% dos americanos acreditam em Deus ou em um poder superior e que 50% deles consideram a religião muito importante em suas vidas.
"Existem evidências que indicam que muitas áreas da espiritualidade e da religião podem prever o funcionamento psicológico, mas os profissionais de saúde sequer perguntam sobre as crenças das pessoas. É uma loucura, nem perguntamos, não somos treinados para isso. Mas é importante", destaca o pesquisador.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/08/05/fe-em-deus-pode-melhorar-recuperacao-psicologica-diz-pesquisa-925070288.asp#ixzz1UG8CsBgk
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jueves, agosto 4

Ser professor/educador/pedagogo é ser um incentivador de sonhos.. um divulgador/mediador de conhecimentos

Embora no início da minha graduação eu várias vezes tenha repetido que caí de pára-quedas no tal curso, com o passar do tempo fui me envolvendo cada vez mais e mais pela área da educação e percebi o quanto ela liga-se à Psicologia; hoje considero-me tão apaixonada pela educação que não me imagino trabalhando em outra coisa. E apesar de atualmente estar trabalhando numa empresa e de também, graças a Deus, gostar muito do que lá faço, e de ter outros planos também para o meu futuro profissional, não consigo me imaginar não trabalhando em escolas e/ou clínicas, auxiliando e lidando diretamente com as crianças, analisando os seus inconscientes embriagada de vontade de ajudá-las quanto às suas dificuldades de aprendizagem etc.
            Não obstante, como já mencionado, eu não trabalhe em sala-de-aula(s) nem tampouco tenha ainda exercido a minha profissão em escolas, visto as minhas limitações causadas pela Ataxia, que, embora pouquíssimas, eu não tenha como trabalhar como professora regente de uma turma; posso dizer que compreendo perfeitamente o que minhas colegas de profissão enfrentam e sou a favor das suas lutas/reivindicações.
            Sei o quanto nossa classe é mal vista pelos demais (e devemos reconhecer que há profissionais que denigrem nossa belíssima profissão, porque há professores e professores/educadores) e, principalmente, vejo e abomino o quanto o Governo (principalmente o brasileiro, pois é aonde resido e mais vivencio) ignora a educação. Ressalto que os políticos querem mais é que nós cidadãos sejamos/continuemos pobres, burros e ignorantes, alienados do que acontece com o destino do nosso dinheiro e despreocupados com o que se passa em Brasília. Afinal, é mais importante e interessante saber da vida dos famosos que “muito contribuirá para a minha formação moral/profissional”: qual a nova loira daquele jogador de futebol, quem bateu em quem, quantas mansões a X tem e qual famoso será protagonista daquela novela global etc? (por exemplo).
            "Sou brasileiro apenas durante a Copa do Mundo", ou seja, de quatro em quatro anos. Prefiro ver os jogos do meu time de futebol do que ver a Propaganda Eleitoral, que apesar de muito chata e mentirosa, é imprescindível para que conheçamos, aos menos, um pouco em quem votaremos, não votaremos e/ou se continuará valendo a pena anular o meu/su/nosso voto, pois nada mudará. - Deixo claro que não tenho rejeição a quem gosta de fofocas, e adoro esportes (alguns).
            Enfim, a vontade de escrever estas palavras surgiu na segunda-feira desta semana quando durante o meu almoço, pude ver uma matéria midiática que tratava sobre a continuação da greve de alguns professores, em plena volta às aulas. E aí, quero indagar: Até onde vale a pena prejudicar/atrasar (educacionalmente) o nosso aluno quando o culpado por tudo o que estamos vivenciando (não só neste momento, pois sempre houve problemas na área da educação) é do Governo? Por que greve, não há outra forma de reivindicação?
            Concordo plenamente que não podemos abaixar a cabeça e ficar de braços cruzados, esperando que algo aconteça (do nada). Perante a inflexibilidade do Governo, cremos e acordamos que “eles” querem nos enrolar até sabe Deus quando, mas... Temos que reivindicar contra esse salário vergonhoso etc com lutas organizadas e não fazermos o joguinho “deles”, mesmo que inconscientemente.
            Também sei que há outras tantas, talvez, infinitas queixas; vemos alunos ameaçando os seus professores; pais agredindo os professores dos seus filhos; crianças e adolescentes desinteressadas pelo aprendizado etc. Enfim, como disse, são inúmeros os obstáculos; contudo percebi ao longo desses últimos anos que o tal dom para ser professor(a), que eu mesma tanto mencionava, é na verdade o amor abnegado aliado à enorme e inefável força de vontade de transformar o mundo pela educação; é abrir a mente daquele sujeito à sua frente que lhe ensina tanto quanto você o ensina com carinho e respeito sem expectativa de receber um obrigado, porque o seu maior agradecimento é ver aquele sujeito proferir suas primeiras palavras e/ou dizer que os livros são as janelas do mundo.

Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN


Data: 03/08/2011

Inflexibilidade do governo impede avanço na negociação com os docentes
Por Renata MaffezoliANDES-SN
Após mais uma rodada de negociações entre o Ministério do Planejamento (MP), ANDES-SN e Proifes, nesta terça-feira (2/8), ficou evidente que o governo não flexibiliza posições, principalmente no que diz respeito à sua proposta de carreira, e não disponibiliza margem de recursos significativa para reajuste remuneratório.

Em sua fala inicial, o secretário de Relações Sindicais do MP, Duvanier Paiva, repetiu o bordão anteriormente utilizado, apontando a necessidade das entidades e o governo chegarem a um consenso do que possa ser negociado em caráter emergencial, para já ser incluído na Lei Orçamentária Anual, de 2012, que será encaminhada ao Congresso Nacional até 31 de agosto.


Embora o próprio representante do governo tenha sinalizado a necessidade de encontrar pontos comuns para conseguir um avanço nas negociações, o que se viu durante toda a reunião foi a insistência do secretário em reafirmar que a posição do governo é a que está na mesa desde o ano passado. 


O vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, destacou que o Sindicato Nacional apresentou uma contraproposta emergencial, em torno dos temas que considerava possível negociar até o final de agosto. Lembrou ainda que tais pontos foram definidos no 56º Conad, realizado no último mês, na expectativa de trazer para a mesa um conteúdo concreto em torno do qual se possa negociar.

Apesar de ter sido protocolada tanto junto ao MP, quanto ao Ministério da Educação (MEC) no dia 25/7 - e do documento estar nas mãos de sua auxiliar no momento da reunião-, Paiva afirmou desconhecer o conteúdo da contraproposta do Sindicato Nacional. Schuch explicou o teor da mesma ao secretário, que mais uma vez reafirmou a necessidade de se chegar ao consenso. 

O representante do Sindicato Nacional lembrou também que a contraproposta apresentada pelo ANDES-SN, de piso inicial com base no salário mínimo calculado pelo DIEESE e com degraus de 5%, foi feita com base na concepção do Plano de Carreira com 13 níveis, e que isso poderia ser reavaliado caso as negociações prosseguissem em torno malha atual, distribuída em 17 degraus. Reiterou, no entanto,
que a mesma deve ser considerada já para 2011.
O secretário se negou, no entanto, a apresentar qualquer índice de impacto ou percentual de reajuste afirmando incisivamente que a “margem é pequena”, e destacou também a impossibilidade de negociação escalonada de médio prazo, por considerar que isto poderia inviabilizar a introdução de uma nova classe no topo da carreira, alteração que continuará sendo prioritária para o governo.

Quando questionado pelo diretor do ANDES-SN, Almir Menezes Filho, se isso significava que o governo não abriria mão de nada, Duvanier rebateu: “Eu abro mão de qualquer coisa, só preciso ser convencido”.

O impasse da nova classe
Schuch fez questão de frisar que a criação de tal classe é inadmissível. Ao contrário de valorizar a progressão, ela empurra o piso para baixo, congelando a remuneração da maioria dos docentes ativos e aposentados. Além disso, constitui-se em uma classe virtual, o que não produz impacto financeiro, uma vez que não pode ser alcançada a curto prazo e, desta forma, não transfere recursos para o bolso dos professores.

O diretor do ANDES-SN argumentou em favor de uma estrutura de carreira em 13 níveis, não em 17 e muito menos em 21 como insiste o MP. Ele acusou o governo de tentar criar "a ilusão de novos degraus, quando na verdade está enterrando a escada no chão”.
 
Economia às custas do funcionalismo
Schuch evidenciou também a economia que o governo vem fazendo às custas do funcionalismo, quando nega um reajuste geral para todos os servidores, desrespeitando a Constituição, sob o argumento de que as negociações seriam feitas por setores, e nas mesas setoriais alega que a “margem é mínima”.

A desvalorização mês a mês do salário, que teve o último reajuste em julho de 2010, representa hoje uma economia para o Governo de mais de R$ 20 bilhões com o pagamento do funcionalismo. Ao remeter qualquer possibilidade de reajuste para 2012, esta cifra será pelo menos dobrada, sem que o orçamento público tenha que botar “dinheiro novo”, especialmente em um ambiente em que se anunciam, constantemente, excedentes de arrecadação.

Para o ANDES-SN, a postura do representante do MP na negociação com os docentes evidencia a opção política do governo em aplicar essa economia na reserva chamada superávit primário, para alimentar a remuneração do capital financeiro por altas taxas de juros.

Consenso, mas não do governo

Tanto nas colocações finais do ANDES-SN, quanto do Proifes, ficaram evidentes pontos de convergência no que diz respeito à necessidade de elevação do piso, à incorporação de gratificações, a não criação de uma nova classe na carreira, a isonomia para os docentes d
o Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e para os aposentados.
 
O governo, que mais uma vez não trouxe nada de concreto para apresentar aos docentes, se comprometeu em fazer um estudo da contraproposta do ANDES-SN e dos pontos apresentados pelo Proifes e construir para a próxima reunião uma proposta em torno dos consensos, nos limites de impacto financeiro com o qual está trabalhando. A próxima reunião que ficou agendada para 9/8, às 17 horas.

Concentração
Durante toda a reunião, docentes representantes de seções sindicais do ANDES-SN de várias regiões do país reuniram-se na frente do Ministério do Planejamento com faixas, cartazes e bandeiras, demonstrando indignação pela postura protelatória e desrespeitosa do governo na negociação com os servidores públicos e a disposição de luta da categoria.

Este ato público se somou a uma assembléia dos servidores públicos do Distrito Federal organizada no mesmo local como forma de mobilização e protesto. Ao final, os representantes do ANDES-SN fizeram um relato da reunião com o MP, ressaltando a postura inflexível do governo, e destacando que qualquer conquista só será obtida através da luta organizada de todas as categorias do serviço público.