jueves, agosto 4

Ser professor/educador/pedagogo é ser um incentivador de sonhos.. um divulgador/mediador de conhecimentos

Embora no início da minha graduação eu várias vezes tenha repetido que caí de pára-quedas no tal curso, com o passar do tempo fui me envolvendo cada vez mais e mais pela área da educação e percebi o quanto ela liga-se à Psicologia; hoje considero-me tão apaixonada pela educação que não me imagino trabalhando em outra coisa. E apesar de atualmente estar trabalhando numa empresa e de também, graças a Deus, gostar muito do que lá faço, e de ter outros planos também para o meu futuro profissional, não consigo me imaginar não trabalhando em escolas e/ou clínicas, auxiliando e lidando diretamente com as crianças, analisando os seus inconscientes embriagada de vontade de ajudá-las quanto às suas dificuldades de aprendizagem etc.
            Não obstante, como já mencionado, eu não trabalhe em sala-de-aula(s) nem tampouco tenha ainda exercido a minha profissão em escolas, visto as minhas limitações causadas pela Ataxia, que, embora pouquíssimas, eu não tenha como trabalhar como professora regente de uma turma; posso dizer que compreendo perfeitamente o que minhas colegas de profissão enfrentam e sou a favor das suas lutas/reivindicações.
            Sei o quanto nossa classe é mal vista pelos demais (e devemos reconhecer que há profissionais que denigrem nossa belíssima profissão, porque há professores e professores/educadores) e, principalmente, vejo e abomino o quanto o Governo (principalmente o brasileiro, pois é aonde resido e mais vivencio) ignora a educação. Ressalto que os políticos querem mais é que nós cidadãos sejamos/continuemos pobres, burros e ignorantes, alienados do que acontece com o destino do nosso dinheiro e despreocupados com o que se passa em Brasília. Afinal, é mais importante e interessante saber da vida dos famosos que “muito contribuirá para a minha formação moral/profissional”: qual a nova loira daquele jogador de futebol, quem bateu em quem, quantas mansões a X tem e qual famoso será protagonista daquela novela global etc? (por exemplo).
            "Sou brasileiro apenas durante a Copa do Mundo", ou seja, de quatro em quatro anos. Prefiro ver os jogos do meu time de futebol do que ver a Propaganda Eleitoral, que apesar de muito chata e mentirosa, é imprescindível para que conheçamos, aos menos, um pouco em quem votaremos, não votaremos e/ou se continuará valendo a pena anular o meu/su/nosso voto, pois nada mudará. - Deixo claro que não tenho rejeição a quem gosta de fofocas, e adoro esportes (alguns).
            Enfim, a vontade de escrever estas palavras surgiu na segunda-feira desta semana quando durante o meu almoço, pude ver uma matéria midiática que tratava sobre a continuação da greve de alguns professores, em plena volta às aulas. E aí, quero indagar: Até onde vale a pena prejudicar/atrasar (educacionalmente) o nosso aluno quando o culpado por tudo o que estamos vivenciando (não só neste momento, pois sempre houve problemas na área da educação) é do Governo? Por que greve, não há outra forma de reivindicação?
            Concordo plenamente que não podemos abaixar a cabeça e ficar de braços cruzados, esperando que algo aconteça (do nada). Perante a inflexibilidade do Governo, cremos e acordamos que “eles” querem nos enrolar até sabe Deus quando, mas... Temos que reivindicar contra esse salário vergonhoso etc com lutas organizadas e não fazermos o joguinho “deles”, mesmo que inconscientemente.
            Também sei que há outras tantas, talvez, infinitas queixas; vemos alunos ameaçando os seus professores; pais agredindo os professores dos seus filhos; crianças e adolescentes desinteressadas pelo aprendizado etc. Enfim, como disse, são inúmeros os obstáculos; contudo percebi ao longo desses últimos anos que o tal dom para ser professor(a), que eu mesma tanto mencionava, é na verdade o amor abnegado aliado à enorme e inefável força de vontade de transformar o mundo pela educação; é abrir a mente daquele sujeito à sua frente que lhe ensina tanto quanto você o ensina com carinho e respeito sem expectativa de receber um obrigado, porque o seu maior agradecimento é ver aquele sujeito proferir suas primeiras palavras e/ou dizer que os livros são as janelas do mundo.

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