Momentos bons, outros nem tão, experiências válidas,
aprendizados adquiridos, novos amigos, surpresas, decepções...
Dia 27/12 foi um dia pra lá de especial, pois foi quando
encerrei um denso capítulo, que durou mais meses do que imaginava. But... Como diz o ditado: “Depois da tempestade, vem
a bonança”. Hoje respiro aliviada e muito feliz por começar 2014 numa nova
empresa. Sofri muitíssimo, chorei
demasiado, mas graças ao Senhor, posso dizer que toda a dor que jamais pensei
sentir me fez mais forte. Discriminação e assédio moral. Por que machucar o seu
semelhante? O poder é temporário, ele é apenas ilusório, assim como este mundo
tão pequeno e fugaz.
Fui ao fundo do poço, mas como a Fênix, ressurgi
das cinzas e retornei ao trabalho com energia recarregada após o afastamento
necessário – que seria a licença médica por duas semanas -, pois descobri que
no fundo do “meu poço” há uma mola. Depois que fui diagnosticada com depressão
voltei ao inevitável trabalho mais corajosa, segura e confiante, na medida do
meu possível. Intolerável de certa forma, pois olho suas faces e aquelas suas
palavras ainda ecoam em meus ouvidos. Sendo necessário mencionar e deixar claro
que quando disse estar com a paciência se esgotando, quis dizer que aprendi a
não mais abaixar a cabeça para ninguém – faço-me ser ouvida, não mais deixo de
me pronunciar -; nenhuma vírgula mal colocada, nenhum tom considerado elevado
etc. passa despercebido por mim. Falta de respeito e autoritarismo para comigo
não aceito mais. Não mais consigo ficar calada, não mais me permito engolir
“sapo”. Nada mais de levar problema(s) para casa.
Às vezes olho para eles e sinto pena. Por que tudo
aquilo? Por que permitiram que tudo tomasse uma proporção tão gigantesca? O
motivo pelo qual procurei a Justiça e aqui estou é porque cansei de ficar
calada. Travei uma imensa luta interna, porém depois de muito chorar, orar e
meditar entendi que não é o sentimento de vingança que me move, mas sim o
pensamento de que se quieta e calada permanecesse deixaria, permitiria que tais
atitudes infelizes ainda ocorressem; afinal ontem fui eu e amanhã sabe-se quem
será. Como pedagoga especializada na área da educação especial, como cidadã
ciente dos meus deveres e direitos perante uma utópica sociedade inclusiva que
almejamos um dia viver, eliminando de vez qualquer resquício de preconceito e
discriminação hipocritamente ainda camuflada por pessoas de dúbias índoles,
aqui estou. Estou a dizer o que aprendi no atual setor e com algumas pessoas
que a mim rodeiam diariamente no trabalho. [Trecho da carta lida aos advogados
e aos representantes da empresa X]
But... A mágoa passou, a raiva não mais existe. Ao
assinar os documentos de desligamento não consegui nem olhar para os meus
algozes. Não sei ser falsa! Hoje entendo que nem a todos os nossos irmãos, em
Cristo, nos amam e nós amamos, mas posso assegurar que não é porque não
gostamos de determinada(s) pessoa(s) que a desejaremos o mal e a(s) trataremos
conforme somos tratados. Não é questão de ser superior, simplesmente devemos
compreender que não é olho por olho e dente por dente.
Tal período de trevas me fez ainda mais forte.
Minha intenção nunca foi prejudicar aqueles que tanto me prejudicaram, mas
creio que a coragem demonstrada num ato feito só mudou a cabeça fechada
daqueles que tanta besteira me falaram. Creio ter feito história e é com
felicidade agradecida ao Pai que vos notifico que tudo virará um livro, que
espero em breve falar-lhes mais sobre a minha vitória.
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