No decorrer desta semana (digo, semana passada) perguntaram-me
o porquê ser vegetariana – well, considero-me ovolactovegetariana, embora
quando não haja como eu ainda coma peixe e/ou camarão – e aí senti necessidade
de aqui me pronunciar sobre.
Como é do conhecimento daqueles que ao
meu redor convivem, sou espírita – desde que papai desencarnou, em 2003 -, e
desde que voltei aos estudos espíritas, fui conscientizada sobre os horrores de
nos alimentarmos de animais mortos. Aí prontamente eliminei a carne vermelha,
da qual mamãe sempre mencionou que eu nunca fui “fã” de consumir. Mas sempre
disseram que devemos ir eliminando, modificando a nossa alimentação, aos
poucos, pois tal mudança brusca poderia ser prejudicial.
Sendo assim, há, mais ou menos, um ano
entrei numa nova dieta alimentar. Resolvi mudar de vez, sem medo, quando
lembrei que sonhara ter comido o peixinho, do filme Procurando Nemo, vivo.
Tirei o bichinho do aquário e o joguei na minha boca voraz. Na noite anterior
havia comido num restaurante japonês e na hora lembrei de um grande amigo que
me ensinou que era possível viver assim.
Como tantas pessoas, era condicionada e
como ignorante comia a tudo sem nunca me questionar. Tive medo e por um tempo
estagnei. Mas a minha opção de vida foi aos poucos (vem aos poucos) se mostrando
firme. É mais do que mera opção, é uma filosofia de vida.
O preconceito existe dos dois lados.
Amigos carnívoros que não respeitam minha escolha, namoradinhos e familiares
que rejeitam tal posicionamento. Vegetarianos e veganos que igualmente não respeitam
quem (ainda) encontra-se na sombria ignorância cruel que a máfia alimentícia
diz ser o certo (a única opção).
Como ex-carnívora voraz posso dar o meu
testemunho da mudança benéfica no meu organismo (e consequentemente no corpo).
Apesar da dificuldade é importante nos
manter firme na nova convicção.
Você já viu documentários sobre os
matadouros? Não conseguimos assistir tal monstruosidade, mas quando aquele bife
suculento e/ou aquele franguinho sensacional chega ao nosso prato comemos sem
pensar duas vezes. Assim como eu, muitas pessoas estão acostumadas com o
produto final, já embalado, e não têm interesse em saber todo o processo até
chegar às prateleiras etc. Você já teve curiosidade de pesquisar o malefício do
leite de vaca ao organismo humano? É difícil, mas eu te garanto que é verdade.
Sem mencionar a crueldade de tirar a força o bezerrinho de perto da sua mãe. Vc
é mãe? Ponha-se no lugar desse ser vivo. Ele não é humano, mas igualmente como
nós ele é filho de Deus. Já leu sobre o que sucede para retirar o leite da
sagrada vaca? Grávida, grávida, grávida para poder amamentar os humanos cruéis.
São impedidas de ficar junto aos seus bebês. São violentadas ao extremo para
que nós tenhamos o queijo, o requeijão, a manteiga etc. O que vou comer?
Leite de soja. Leite de arroz. Leite de
amêndoas. Você sabe como fazem a salsicha? E o nuggets? Mmmmmmmmmmmmm...
Olhe, meu filho, o patinho, que
bonitinho! Cuidado para não machucá-lo! Todavia, numa discrepância, talvez, hipócrita
tal mãe e/ou pai se delicia(m) com um prato de carne de ave. Será que faz
sentido?
O ser humano tem usado o seu intelecto,
a sua inteligência, para fabricar armas, enfim, para destruir. Podemos dizer
que se o animal humano trava guerras, tirando a vida dos seus semelhantes,
imagine então o que não é capaz de fazer com outros seres?
Por que desejar a outras criaturas o que
não desejamos para nós? Jorros de sangue, berros e cenas deprimentes. E ao
ouvir os berros provocados por dores inimagináveis, infligidas por máquinas e
ferros aliados, produzidos pelas mãos do homem?
Não esqueça de que, entre os animais
domésticos e os outros animais, maiores ou menores, não há diferença, pois a
dor sentida é a mesma. “E aquele papinho” ignorante de que um outro animal não
sente dor, tristeza etc.” é errado. É muita prepotência do bicho homem crer que
ele é o único ser filho de Deus. Egoísmo? Maldade suprema!
Que a luz da consciência nos ilumine
cada vez mais quanto as decisões de enxergar e ter consciência do que a nossa
mente, corpo e espírito estão se alimentando.
“O homem implora a misericórdia de Deus,
mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que
sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã,
depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu
espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal, não é possível colocar o
peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá que
responder.” Gautama Buda
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