Ontem (18/05/14), ao conversar
com uma pessoa, pra lá de especial, sobre a ataxia e os seus comprometimentos,
tal amigo me alertou para algo do qual já havia pensado sobre, mas depois
olvidado. Desde que fui no Graffé a fim de fazer o exame de sangue e ouvir o que
ouvi fiquei demasiadamente preocupada, paranoica (esquizofrênica, como disse
meu amigo, no sentido de ver coisas que não existem de fato). Assim que pude já
busquei saber mais sobre a ataxia e sobre os tipos dela.
É Friedreich ou Espinocerebelar? qual se assemelha mais com a minha história?
quantos anos ainda tenho para não necessitar de cadeira, muleta, bengala ou
andador? minha estimativa de vida é pequena? =/ Quantas reflexões, quanta dor!
Aí parei, respirei e aceitei novamente de forma resignada aquilo que eu mesma
busquei. “Por isso sua médica não queria que você fizesse o exame. Por que se
preocupar com antecedência?” Então eu disse a ele que eu não sou pessimista.
“Eu sou realista”, disse. O resultado do exame é para melhor me preparar para o
porvir. “Você está preparada?” Então respondi que não. Cabeça, ninguém sabe
sobre o futuro. E o gatinho disse para eu pensar nessas questões só quando elas
acontecerem. Se é que irão acontecer. rs É tão bom conversar com alguém.
Sinto-me feliz por isso. E aí ele me fez prometer que não pensarei mais sobre
essas coisas. Sabia Dra. Célia que me conhecendo buscou o quanto pôde adiar o
Teste de DNA. Observa a força da mente! Comigo mesma dialogava e questionava se
o enorme cansaço sentido repentinamente já era o progresso da enfermidade ou
sedentarismo. E vem o tapa na cara. Alô!? Era o meu psiquismo. Aff!
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