martes, septiembre 20

Ímpeto

Às vezes tenho ímpeto de parar de brincar de ser adulta, e volto, então, a ser criança. - Fico entre crescer e encarar o mundo adulto, às vezes, chato e maléfico, e a síndrome incurável de “Peter Pan”.
Convenhamos que não existe melhor fase da vida da qual aquela que nos faz olhar o mundo sem maldade; onde acreditamos nas pessoas sem julgá-las a troco de nada, afinal do ‘pó viemos e ao pó retornaremos’ (somos todos iguais, não?).
Somos (éramos) realmente íntegros conosco mesmo, porque falamos a verdade sem fingimento nem meio termo. Doa a quem doer, sinto muito (e nem é por mal), mas não temos papas na língua. Acreditamos num amanhã melhor, acreditamos na mudança verdadeira de caráter. Vivemos intensamente cada instante e não nos preocupamos neuroticamente com nossos corpos, ou seja, com a beleza externa. Afinal, relevante mesmo é a beleza interna sem máscaras. Somos coerentes com nossos sentimentos e momentos; dizemos eu te amo quando realmente (e só quando realmente) amamos; rimos de tudo (pois não temos grandes preocupações nem tampouco temos noção de dinheiro, o mal necessário) e sorrimos sem fingimento ou medo para um estranho.
Adoramos subir em árvores e brincar de esconder para em seguida abraçar bem forte a quem tanto amamos. Ah, nós conversamos com o sol e com a lua, com as estrelas do céu, apostamos corrida com o vento e adoramos tomar banho de chuva, embora tenhamos medo de raio e trovão. Aí, nos escondemos embaixo da cama e só saímos quando a mamãe chega com aquele cheirinho de aconchego e um copo de chocolate bem quentinho.

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