lunes, noviembre 17

Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana - Anne Frank

 17/11/2014

Embora hoje seja segunda-feira, não fui ao trabalho neste dia. Ontem, assisti uma peça teatral incrivelmente divertidíssima, mas ao voltar para o meu lar... Devido ao fato de ter sido assaltada, fiz tudo o que precisava (e podia) ser feito no dia de hoje - ir à delegacia dar queixa do sucedido, ir à loja da minha operadora (a do celulite), ligar para o CIAD (pois necessitava notificá-los a fim de cancelarem o cartão, bem como fazer o pagamento do novo e agendar o dia da foto quando poderei já estar com ele andando livremente por aí com o meu bebezinho gratuito) etc.

Tristíssima com o fato de ter perdido o meu novo amigo (o livro do Nick Vujicic), intitulado Uma Vida sem Limites: inspiração para uma vida absurdamente boa, e os meus escritos (visto que rabisco os meus amigos), decidi assistir ao filme A Culpa é das Estrelas (The fault in our stars). Sinto-me tão inspirada para escrever.


Tenho por opção não me "entreter" com certas literaturas. Daí prefiro assistir aos filmes baseados neles. Claro que ao passar de uma arte à outra, é, talvez, natural, perdermos detalhes por vezes valiosos, mas é um risco que ouso correr. Tipo, a personagem principal do filme, em questão, realmente viveu entre nós, mas será que ela viveu aquele amor perfeito? Por isso, mesmo chorando copiosamente, me propus ver a história de forma a não me atentar ao romance daquele jovem casal. Prefiro atentar-me a situações reais, a exemplos. Como por exemplo, o Nick, o Viktor, a Anne, a Bethany e filmes que sei que foram baseados em fatos verídicos (A lista de Schindler, Doze anos de escravidão etc). Mas, como tudo na vida é aprendizado, consegui absorver coisas interessantes no tal filme meloso dramático. Lembrei do que vivi quando a namorada de um dos personagens o deixou com medo do seu futuro, visto que o cara também tinha câncer e logo ficaria cego devido a enfermidade. De repente um outro filme começou a rodar, só que somente na minha cabeça. Lembrei de tudo, da dor, da alergia, do trauma, da superação... Até então nunca havia sido discriminada tão violentamente. Sempre havia passado por cima do preconceito estúpido e fugaz. Feliz fiquei por realmente não mais sentir dor ao lembrar do passado. Amo tanto quem me ensinou até ontem, que só consigo sentir compaixão pela sua deficiência. Logo depois veio a discriminação no trabalho e aquilo tudo que melhor detalharei no meu barquinho. Foi como uma gigantesca avalanche. No momento parecia não ter fim, mas hoje sinto que poderia suportar mais. Nada é por acaso. Todo o ensinamento é válido e enriquecedor. A escolha é (sempre) nossa.

"A beleza continua a existir mesmo no infortúnio. Se procurá-la, descobrirá cada vez mais felicidade, e recuperará o equilíbrio. Uma pessoa feliz tornará as outras felizes; uma pessoa com coragem e fé nunca morrerá na desgraça." 
Anne Frank



"[...] O mais triste é ter perdido o meu livro. O resto eu recupero, mas no meu livro eu tinha coisas escritas que jamais recuperarei na íntegra. Um pedacinho da minha vida e do meu futuro trabalho se foi.  Fora o susto, estou bem. Eles não me machucaram. O rapaz chegou por trás e só estou dolorida porque agarraram a bolsa com força. Enfim... Vida que segue. [...]"

"O papel tem mais paciência do que as pessoas" Anne Frank

- Bom dia! - disse o inspetor - Se é podemos dizer assim.
- Claro que sim. Eu estou aqui, estou viva! - risos meus.

Só uma amiga compreendeu a minha tristeza (momentânea). Já falei dela aqui? Não lembro! mas é a segunda vez que ela me ajuda, me inspira, me acalma.

"Quanto ao livro, é seu relato, sua história que, com certeza vc reescreverá lindamente. Bjs e luz"

"Quando escrevo, sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta. Mas pergunto-me: escreverei alguma vez coisa de importância? Virei a ser jornalista ou escritora? Espero que sim, espero-o de todo o meu coração! Ao escrever sei esclarecer tudo, os meus pensamentos, os meus ideais, as minhas fantasias." 
Anne Frank





Não sei ao certo porquê motivo, escrevi para um novo amigo. Well... Eu acho que assim posso chamá-lo. Não sei ao certo o motivo, mas algumas pessoas interpretam (tendem a interpretar) erroneamente a minha simpatia. Eu gosto de fazer amigos. Fazer o que? Gosto de confiar. Gosto (prefiro) ver o lado bom delas.

"Só mesmo a sua msg para me alegrar agora, pois acabei de ser assaltada. Bom, dos males o menor, pois não ligo para a matéria. O dinheiro eu recupero. O celular depois ativo o antigo e qnd puder compro outro. O que dói mesmo é a perda do meu livro. Eu tenho o costume de escrever nos meus bebês. As escritas se foram... O livro, compro outro, mas... É como se tivesse perdido um filho, pois tenho um apreço demasiado pelos meus amigos. E a carambolas é que ele está me ajudando no livro que estou escrevendo. Ele é uma das referências, sabe? Bom, não sei porquê estou lhe dizendo tudo isto, desculpa! Você não se importa, né? Vida que segue. Sabe o que é mais meleca? É que a minha intuição disse p eu ir por 1 caminho e eu vim p casa por outro. Obrigada pelas palavras! "

Sendo assim, acordei, liguei my computer e vi que ele estava on (e surpreendente escrevendo para mim) 

"O mais importante foi a sua vida ter sido preservada por Deus!!!! Bola pra frente que os sonhos não se acabaram!!!"

Desaprendi a ouvir a minha intuição, mas o caso me despertou, me chacoalhou; entende? Logicamente meus sonhos não terminaram (não existe um ponto final para os sonhos); portanto, me inspirando em Viktor (FRANKL, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração), que teve seus escritos (também) "roubados" por um soldado nazista, arregaçarei as mangas e vamos que vamos. 

Todavia, o Nick me ensinou que não é errado ficar triste. É preciso sentir a dor. Porém não devemos nos perder nessa dor, deixando que ela se instale em nós. Graças ao Senhor meu Pai misericordioso a minha vida carnal foi (mais uma vez) preservada, e a isso eu sou incondicionalmente agradecida (ainda mais). 

Apesar de tudo eu ainda creio na bondade humana, assim como a Anne Frank.

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