jueves, noviembre 20

Psicopedagogia Clínica (mis pensamientos, mi alegría)

Não sei se aqui já ousei transcrever o que escrevi aos meus professores do curso de Psicopedagogia Clínica, não me recordo, confesso; mas de qualquer modo abaixo copiarei, pois acho relevante neste espaço apontar.

"Em 2009, graduei-me no curso de Pedagogia Bilíngue no Instituto Nacional de Educação de Surdos - aqui no Rio -, digo, pela faculdade do Instituto. Sempre disse que cai de paraquedas nessa área, pois a psicologia há muito é o meu maior desejo. Todavia, embora ali estivesse (pelo mundo dos sujeitos surdos) e desejasse ser psicóloga “deles”, ou seja, focada nos indivíduos surdos, logo me apaixonei pela educação. E assim que soubera da psicopedagogia soube que era tal especialização que eu queria. Aos poucos, então, galgo o que tanto planejei/desejei desde os primórdios da faculdade.
Sendo assim, logo que pude busquei uma universidade que tivesse a tal especialização, que até então eu pouco conhecia. Não posso afirmar que todas as graduações são omissas quanto à psicopedagogia, só posso falar da minha experiência, e nela eu nada e/ou pouquíssimo soube sobre a nossa área. Neurociência então nem se fala. Nem ouso cogitar. É um misto de vergonha e de revolta, que sinto, por tamanho descaso. Mas graças a Deus venho percebendo que sempre existe aquele profissional que faz a diferença e mobiliza a todos que estão a sua volta. Uma andorinha só pode não fazer verão, mas faz uma baita diferença.

Aprender -> construir em alegria um outro tempo nesse tempo. No es así? Sendo então necessário perdermos algo velho a fim de que aprendamos algo novo. Não “perder” literalmente, mas sim conectar o passado com o presente com o intuito de recriar o nosso conhecimento. Aí lembrei, me remeti ao incomodo sentido na 1ª atividade que a senhora propôs. Realmente é mais “fácil” ser apenas mais um num grupo que necessita se homogeneizar. Talvez seja por isso que a Escola da Ponte não vincou, tampouco disseminou tanto quanto necessário. Conheci o ilustre professor José Pacheco em 2008. Vibrei e sonhei com a até então surreal proposta de ensino-aprendizagem do nosso querido mestre português. Acho fantástico quando conectamos um fato à fato, quanto concatenamos um conhecimento à outro. Apesar de amar a ideia da Escola da Ponte e ser contrária ao método tradicional que Foucault tanto trata, de certa maneira, em seus textos e apontamentos; nela cresci e fui instruída. As Hiclas que vivem em mim foram, de certo modo, mais uma vez constrangidas, instigadas a sair do padronismo boçal. Pensar fora da caixinha nos exige que tenhamos uma outra postura. Daí faz total sentido que nós, enquanto psicopedagogos (as) saibamos nos posicionar de forma que cuidemos extremamente de nós para então bem auxiliarmos o outro. Embebedo-me nas suas palavras, e logo lembrei de uma atividade na Oficina de contadores de histórias que fiz em 2012. Estou me fazendo ser compreendida? Às vezes escrevo sem pensar. Igual a Clarice Lispector. “Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita.”

“Conocer verdaderamente cómo un sujeto aprende es un concepto revolucionário en el sentido de aceptar al sujeto como es y hacer que el sujeto aprenda de verdad y no haciendo de cuenta. Esto significa una modificación muy grande en el sistema y en la educación. Para una persona, el aprendizaje abre el camino de la vida, del mundo, de las posibilidades, hasta de ser feliz”. – Jorge Visca
A conheci (Alicia Fernandez) na faculdade onde faço a especialização em Psicopedagogia Institucional, que ainda curso concomitantemente ao curso do EPsiBA, e desde então comecei a pesquisar sobre a senhora, ler os seus livros (que tanto me ajudam na monografia – o tema é sobre o discutido déficit de atenção, causa de dificuldades com minha orientadora) e, finalmente, soube sobre o Espacio Psicopedagogico de Bs As. Lembro que ano passado participei de um Simpósio da Associação Brasileira de Dislexia e num dos dias conheci uma psicopedagoga que disse trabalhar com ênfase no déficit de atenção; logo que a mestra comentou sobre tais profissionais especialistas, no nosso último encontro, me remeti a tal situação tão reflexiva e preocupante.
Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.
Álvaro de Campos
Estou vivendo um sonho, pois me alegra muito fazer essa especialização com a senhora. Agradeço a Deus todos os dias por tal oportunidade. Tenho participado pouco, pois ainda não exerço a profissão que tanto sou enamorada. Contudo, aprendo muito não somente com a senhora e com o professor Jorge, mas com cada um dos seus alunos (aqueles belíssimos profissionais que tanto me inspiram também), com a Yara e com a Viviane. Gosto de ficar quietinha ouvindo o que vocês têm a me acrescentar e como criança com os olhinhos brilhantes e arregalados de curiosidade e admiração escuto minuciosamente cada silêncio pronunciado, ávida por conhecimento. Sinto-me honrada por essa experiência e consciente da responsabilidade abraçada.
Ensinar, para Lacan, é ir além das práticas estandardizadas, convocando à estrutura do novo.
Mmmmmmmmmmmmmm...
Quem eu sou? Quem eu posso vir a ser? Até onde posso ir? Quais são os meus limites?
Sou uma jovem criança sensível por natureza, que vive aprendendo a domar os sentimentos que às vezes querem implodir dentro de mim. Apaixonada pela vida por demais, recentemente aprendi que até o sofrimento tem um sentido. Um cadinho teimosa, confesso, vivo entre meus miles eus. Admito que certa vez pensei em mostrar a todo mundo que eu não precisava mostrar nada a ninguém. A minha característica imutável, incurável e degenerativa faz de mim uma constante interrogação, uma metamorfose ambulante. Às vezes sou volúvel ao extremo e até me assusto comigo mesma.
Até onde posso ir? Prefiro deixar estar e ir navegando lentamente o meu barquinho, no me gusta criar expectativa. Em tal momento vacilei, pois foi preciso, para então me tornar agente do destino, tal qual Winnicott tanto pontua, com a finalidade de depois me autorizar ser autora da minha autonomia (sendo relativamente autor(a) a medida que me permito ter autonomia). Aquele receio inicial não me estagnou, pois eu não deixei, ao contrário, tal friozinho na barriga me motivou, me impulsionou a seguir adelante. Eu, portanto, faço com que minha ignorância me impulsione para além da vontade ciente de sempre desejar. Deixarei o meu livro responder que o céu é o nosso limite.

Dentre tanta dor, um sorriso puro. Subi mais um degrau, iniciei minha especialização em psicopedagogia e estou tão feliz por estar realizando mais um sonho, que este sentimento mal cabe em mim. Necessito compartilhar que tudo acontece de acordo com o que almejo, estou galgando o prometido e, enfim, um dia poderei partir deste mundo material, pois minha missão estará cumprida. Como disse o querido Mário Quintana: “Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz”. Noites em claro, renúncia de vários tipos, estudos e infinitas pesquisas. Tenho sede de conhecimento e sinto orgulho das minhas olheiras. Percebo a cada instante que o profissionais cientes do que a si competem são humildes e pesquisadores insaciáveis, preocupados ao extremo, de certa forma, e conscientes da sua eterna ignorância."

Ao que mis maestros contestaram-me: 

Cuánto me alegra leer tu profunda, reflexiva y comprometida escritura. Tú eres una de esas "aprendiseñantes" que nutren y mantienen vivo mi deseo de enseñar.

Pues como tu dices, los espacios de aprendizaje que proponemos con Jorge, no son fáciles (ni para nosotros ni para Uds.). La dificultad que supone atreverse a conocerse (y tratar de transformar-se), al mismo tiempo que vamos conociendo y constituyendo teorías y prácticas, es uno de los terrenos donde nace la alegría. 

Quiero destacar que has conseguido en tu escritura interrelacionar saberes y experiencias de vida con conceptos trabajados por diversos autores, en una interesante tejido que convoca como lectores a pensar y pensarnos.

¿Cómo está? Su testimonio me ha parecido muy lúcido y también pleno de vibraciones afectivas.

Creo que hay personas que -o porque lo desean y lo eligen, o porque es lo que han podido...- arman sus recorridos profesionales andando solamente por las "estradas" bien delimitadas y "respetando" su carril...

Hay otras que transitan (transitamos) -porque lo elegimos o porque es lo que pudimos- por los caminos secundarios o buscando y construyendo senderos para seguir... a veces nos alejamos de alguna meta ... pero descubrimos muchos paisajes y posibilidades en el trayecto...

Nadie puede anticipar quién llegará "más lejos" o cuántas alegrías se procurará... lo que sí sabemos es que el deseo triunfa cuando conseguimos seguir deseando y que en cuanto andemos buscando "algo", iremos encontrando "algo" (otras cosas), que contribuyen a que nos experimentemos como "subjetividades vivientes", como sujetos deseantes y pensantes.

Espero que nuestro curso sea para Ud. también la oportunidad de hallar "algo" de lo que busca y "algo" de lo que uno a veces encuentra sin preverlo...


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