sábado, diciembre 13

10/12/2014

Outro dia reencontrei um grande e querido amigo que há muito tempo não via. Certo momento meu bem comentou que o meu dia deve ter 48h, isso ele disse logo depois de ouvir-me dizer que “além do trabalho”, faço duas especializações – sendo que uma já está finalizando -, estou concluindo uma monografia, escrevendo um livro e faço meus tratamentos: yoga, tai chi chuan e acupuntura (e ainda quero fazer reiki) etc. “Como você consegue?” Disse num tom de brincadeira: - Simples, eu não estou namorando no momento. Well, eu não estou saindo com ninguém por opção e também porque não surgiu nova oportunidade. Entretanto, necessito dizer que tal disse a esse amigo, pois vejo que geralmente, se não sempre, no início do namoro, as pessoas tendem a se afastar dos amigos e mal conseguem dividir seus horários entre a pessoa amada, os amigos e familiares, deveres e responsabilidades. Posso não estar saindo com alguém nesse tempo, mas obviamente tenho minha vida social ativa. Vou ao show que tenho interesse, saio com meus amigos, vou ao teatro, assisto películas etc. Ok, que minha vida social mudou, mas isso não me causa dor e sim muito alívio. Não tenho mais costume de sair à noite, pois acho deprimente ver tanta gente bonita se comportar como idiotas zumbis alcoolizados e drogados. É uma fuga alucinadamente viciosa e fugaz, é inconscientemente astuta e estúpida ao mesmo tempo. Parei de beber não só por causa da minha saúde, quando percebi que estava ficando cada vez mais fraca ao álcool, mas muito mais porque compreendi o quanto estava prejudicando a casa que me abriga carinhosamente nesta vida. Voltando àquele comentário do meu amor, fiquei tão feliz e orgulhosa quando eu soube que aprendera a administrar o meu tempo. Eu não preciso de um dia com 48h, pois eu já estou aprendendo a fazer das minhas 24h se transformarem em 48h. Lindo, não? Não tens noção do quanto isso significa a mim.
Ah, ele também disse que não percebeu nenhuma mudança minha na fala. Não demostrei minha alegria e o meu agradecimento, pois aprendi a ser contida e serena – elas, na verdade, surgiram como consequência do meu eu novo. Percebo, então, que aquele alarde foi a vida puxando sutilmente a minha orelha com finalidade de que eu volte a cuidar também do dom que Deus me deu e dar mais atenção a ela. É demasiado dificultoso articular as palavras quando estou cansada. Às vezes canso-me logo. Aí fico triste, mas a tristeza logo é espantada pelo sol. Pareço surda, mas não sou; pareço muda, mas tampouco sou. Muitas vezes até respirar cansa e até dói. Mas tais sucedidos não mais me entristecem.



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